A Estética da Estratégia: Colabs que Unem Tarsila, TikTok e Faturamento

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Por Elisa Moura, Criativa na Humans Land.

Por que Tarsila do Amaral ainda importa?

O que faz uma artista nascida em 1886 continuar relevante em pleno 2025?

Tarsila do Amaral, um dos nomes mais marcantes do modernismo brasileiro, é hoje também uma força viva no marketing cultural e no universo das colabs de marca. Sua estética vibrante, antropofágica e 100% brasileira encontrou espaço não apenas em museus, mas nas vitrines, nas redes sociais — e nas estratégias de branding contemporâneo.

Colabs que posicionam: arte como ativo estratégico

Nos últimos anos, vimos sua arte protagonizar collabs com marcas como Reserva, Lela Brandão, C&A, Melissa e Tok&Stok. Essas colaborações não são apenas homenagens: revelam um movimento mais amplo, onde arte virou diferencial competitivo — e licenciamento de imagem se tornou uma ferramenta essencial de posicionamento de marca.

Em tempos de excesso, o que conecta não é o produto — é o significado.

O mercado bilionário do co-branding

A coleção da Reserva com Tarsila, por exemplo, teve sell-out em menos de 72 horas. Já a collab com Lela Brandão fortaleceu a presença da artista no streetwear, ampliando sua mensagem de representatividade. São exemplos que mostram como colabs bem-executadas não apenas vendem — elas posicionam.

Quando arte e negócio se encontram

No cenário global, parcerias como Yayoi Kusama × Louis Vuitton e Basquiat × Uniqlo reforçam que colab não é só estética: é valor, propósito e storytelling.

Colabs bem-sucedidas não vendem só produtos. Vendem ideias, narrativas e, acima de tudo, pertencimento.

Tarsila nos lembra que criatividade tem raiz. E que inovação também pode (e deve) olhar para trás, antes de construir o que vem pela frente.

O case Cimed + Fini: viralização e faturamento

Colab não precisa, necessariamente, acontecer entre arte e moda. Marcas também se unem entre si — com estratégia, ousadia e criatividade.

Um caso emblemático? Cimed + Fini.

Tudo começou com um produto inusitado: hidratantes labiais com os sabores das balas Fini, lançados pela farmacêutica Cimed. O produto viralizou no TikTok, esgotou em farmácias e virou fenômeno de desejo entre o público jovem. O sucesso da ação levou à expansão da linha com enxaguante bucal e creme dental, todos com o mesmo apelo sensorial e divertido.

Em poucos meses, a linha ultrapassou R$ 12 milhões em vendas — um exemplo de como colabs podem escalar faturamento quando são bem alinhadas ao branding de ambas as marcas.

Como saber se uma colab faz sentido?

Nem toda parceria é estratégica. Colabs podem amplificar o posicionamento de uma marca — ou confundi-lo completamente.

Antes de embarcar em uma collab, toda empresa deveria se perguntar:
Essa associação fortalece ou dilui a essência da nossa marca?

Mais do que surfar uma tendência, colaborações exigem clareza de posicionamento, sinergia de valores e visão de longo prazo. Porque no fim do dia, colab não é só juntar nomes. É alinhar futuros.

E o que isso tem a ver com o seu negócio?

Se você lidera uma marca, aqui vai o convite: pense em colaborações não como campanha, mas como construção de valor. Avalie se sua empresa tem ativos — simbólicos, culturais ou sociais — que podem se somar a outros com propósito alinhado.

📌 Pergunte-se:

  • Qual história queremos contar como marca?
  • Que outras vozes, artistas ou empresas ampliam essa narrativa?
  • Temos clareza suficiente sobre quem somos para nos associar a alguém?

Colabs bem-feitas geram conversa, conexão e resultado. E, no ritmo atual do mercado, talvez essa seja a estratégia mais relevante que você ainda não colocou no planejamento.

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