Chief AI Officer ou Chief Human Officer? O Novo Dilema da Liderança

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Por Vitor Aguinaga, CEO e Fundador da Humans Land.

Em 2025, a pauta da liderança empresarial se bifurcou de uma forma inédita. De um lado, o avanço irreversível da Inteligência Artificial, pressionando empresas a criarem o cargo de Chief AI Officer (CAIO) para integrar algoritmos nas decisões estratégicas. Do outro, um movimento emergente: a necessidade de reforçar a liderança humana dentro das organizações, com cargos como Chief Human Officer (CHO), voltados para cultura, ética e relações.

Se a IA é o novo motor da produtividade, quem garante que não estejamos acelerando na direção errada?

A Deloitte reportou que 42% das grandes corporações globais já nomearam líderes de IA em suas estruturas — mas apenas 19% investiram em cargos focados na experiência humana. Estamos alimentando uma máquina sem garantir que ela esteja a serviço das pessoas.

No Brasil, um estudo da PwC mostrou que 65% dos CEOs planejam investir fortemente em IA nos próximos dois anos. E ainda assim, 54% deles afirmam sentir que a cultura organizacional não está acompanhando esse ritmo.

O CAIO está pronto. Mas e o CHO?

O Chief AI Officer garante que modelos preditivos funcionem, que automações otimizem processos e que a empresa não perca competitividade tecnológica. Ele (ou ela) traz a lógica, a eficiência e a escala.

Mas quem cuida da criatividade, da ética, das relações humanas, da saúde mental dos times, da adaptação cultural aos novos tempos?

Esse é o papel do Chief Human Officer. O profissional que garante que a empresa não vire um algoritmo com CNPJ. Que equilibra a aceleração com reflexão, que garante que a máquina sirva ao humano — e não o contrário.

Case real: Salesforce

A Salesforce criou o cargo de Chief Ethical and Humane Use Officer, responsável por garantir que o uso de IA e dados respeite princípios éticos e humanos. Esse modelo, híbrido entre tecnologia e humanização, se tornou referência mundial.

Terceirizar ou internalizar? O novo modelo híbrido

Em um cenário onde nem sempre as empresas encontram, ou podem arcar com, profissionais de alto nível para ocupar internamente essas funções, muitos estão terceirizando parte dessa governança.

Agências especializadas, como a Humans Land, já oferecem estruturas e especialistas seniores para atuar como parceiros estratégicos, garantindo que a implementação de IA aconteça de forma ética, eficaz e humanizada.

Esse modelo híbrido, combinando líderes internos e especialistas externos, tem sido a escolha de empresas que querem o melhor dos dois mundos: domínio sobre a operação e excelência na execução.

O Novo Modelo de Liderança

A liderança B2B não pode mais ser só técnica. Precisa ser simbiótica.

Empresas que prosperarão nos próximos anos serão aquelas que combinarem:

  • Tecnologia com empatia
  • Dados com propósito
  • Automação com cultura

O dilema não é escolher entre o CAIO ou o CHO. O futuro das empresas exige os dois.

Se sua organização está pronta para ter uma máquina aprendendo, precisa garantir que haja humanos pensando.

E aí, qual lado da balança você está alimentando mais?

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