Ir para o conteúdo
Por Manuella Canavarro, Especialista em Copywriting na Humans Land.
Todo dezembro, chega aquela notificação no celular: “Seu Spotify Wrapped está pronto!”.
Aquele relatório anual que mostra “seus artistas mais ouvidos”, “o minuto que você mais escutou” e até “seu gênero secreto”. É viciante. E há algo poderoso por trás desse formato: personalização de dados que gera encantamento, pertencimento e engajamento em massa.
Não é só sobre música. É sobre contar, de um jeito bonito e direto, algo que é profundamente seu. Um reflexo do que você viveu, do que te acompanhou, das fases pelas quais passou. E aí vem a pergunta: por que isso ainda é tão raro nas comunicações que as empresas fazem com seus clientes?
A gente tem, cada vez mais, dados. E, ao mesmo tempo, cada vez menos conexões verdadeiras a partir deles. O Wrapped não é só um relatório, é um storytelling de dados que entende que o consumidor quer se ver na história. Ele não quer saber quanto a plataforma cresceu globalmente. Ele quer saber quanto ele mesmo cresceu com ela.
E se sua empresa fizesse isso?
Se, em vez de falar sobre a performance da sua solução no mercado, você mostrasse ao cliente como ele performou ao seu lado? Que resultados ele teve com a sua tecnologia, quais foram os impactos concretos no dia a dia, quanto tempo economizou, quanto faturou a mais, quantas ações ele realizou que antes nem pensava em fazer?
Imagine um SaaS de gestão de projetos que no fim do ano manda ao gestor um e-mail com um breve “Seu 2025 em números”: os três projetos que mais avançaram, o tempo que a equipe economizou e até aquele bug crítico que virou case de superação. De repente, seu cliente não vê mais “software”; vê um parceiro que entende suas dores, celebra suas vitórias e fala a língua do dia a dia.
Ou até um e-commerce que, em vez de um cupom genérico de Natal, envia um “Seu estilo em 2025”: as categorias que você mais comprou, o valor economizado em promoções e um brinde exclusivo no seu próximo pedido. Você não recebe só desconto, recebe reconhecimento. E isso muda tudo na relação com a marca.
Essa é uma forma de encantamento pouco explorada no ambiente B2B, mas que pode ser altamente eficaz. Porque, por trás do CNPJ, sempre tem um CPF tomando decisões. E essa pessoa quer ver que não está sendo tratada como um número, mas como alguém que vive uma história única com a sua marca.
E tem mais: um Wrapped bem feito se torna compartilhável. Ele desperta orgulho. As pessoas postam, encaminham, comentam. Não é só um material informativo, é uma peça de branding. Uma lembrança emocional do que a sua marca entregou.
Num mundo onde todo mundo promete resultado, o Wrapped mostra. Mostra com cor, com clareza e empatia.
Talvez o seu cliente nem lembre todos os detalhes da entrega técnica que você fez esse ano. Mas ele vai lembrar como se sentiu ao receber um resumo personalizado do que alcançou com a sua ajuda.
E aí, sua marca está pronta para criar essa memória?
