Movimento Anti-Influencers: Será o fim das “vidas perfeitas” nas redes?

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Por Manuella Canavarro, Especialista em Copywriting na Humans Land.

Nos últimos anos, as redes sociais estavam dominadas por um mundo de “vidas perfeitas”. Todo mundo parecia estar viajando para o paraíso, fazendo dietas milagrosas e, claro, sempre sorrindo. Se a vida de alguém não parecia uma versão melhorada do Instagram, o que estava errado, né? Mas será que esse ciclo de “vida perfeita” nas redes sociais finalmente chegou ao fim?

A verdade é que estamos vendo surgir um movimento totalmente diferente: o anti-influencer. Um movimento onde o real, a vulnerabilidade e a imperfeição estão tomando conta das timelines. E olha, isso não é só uma moda passageira. Esse movimento tem um poder tão grande que está mudando a maneira como consumidores e empresas se conectam. E, quando falo de empresas, tô falando diretamente de como a comunicação delas precisa evoluir.

De Virgínia à CEOs: A Nova Forma de Influenciar

Parece até contraintuitivo, mas até as grandes influenciadoras como Virgínia Fonseca estão entrando na onda do “não sou perfeita e tudo bem”. Ela, que construiu um império em torno da imagem de uma vida de luxo e felicidade, tem se aberto mais ao público, mostrando os desafios da maternidade e dos bastidores da sua rotina. Esse shift no conteúdo dela não só humaniza a marca Virgínia, mas também gera identificação com o público.

Agora, se você acha que isso é uma tendência só de influenciadores do Instagram, está redondamente enganado. Os CEOs estão virando influenciadores também. Vamos pegar o exemplo de Flávio Augusto, CEO da WiseUp, que, em vez de criar posts só sobre seus negócios, compartilha o que pensa sobre a vida, os desafios do empreendedorismo e suas visões sobre o mercado. Ele não está tentando manter uma fachada de “sucesso perfeito”. E é justamente essa autenticidade que aproxima ele de milhares de seguidores, fazendo com que sua comunicação seja muito mais eficaz do que qualquer post de “vida ideal”.

O que isso tem a ver com a sua marca? Você não precisa virar Influencer

Se os influenciadores estão se humanizando e até CEOs estão caindo na real, por que sua marca ainda estaria tentando projetar uma perfeição impossível? Cada vez mais, consumidores estão buscando conexão genuína. Não queremos mais ver aquelas campanhas polidas e sem alma. O público quer ver a verdade, o esforço, o lado “não filtrado” das coisas. Então, se sua marca ainda acha que “brilhar” é o objetivo, talvez seja hora de repensar.

Se sua comunicação for sempre “perfeita demais”, sem se conectar de verdade, você vai criar um muro entre a sua empresa e quem mais importa: o cliente. Quer uma dica? Seja autêntico. Não tenha medo de mostrar o que não deu certo ou os bastidores da sua empresa. Isso vai aproximar muito mais o público do que qualquer imagem idealizada.

Agora, quando falo sobre autenticidade, não estou dizendo que sua marca precisa virar um livro aberto, sem filtros e sem estratégia. O ponto é:

A perfeição já não ressoa mais com ninguém.

As pessoas querem ver o esforço real, os erros, os aprendizados. 

Pensa comigo: quantas marcas ainda estão tentando ser “impecáveis” demais? Aquelas fotos de produtos perfeitamente alinhados, campanhas de marketing que mais parecem um comercial de TV e frases de impacto cheias de glamour. E, no fim, o que elas estão entregando? Uma imagem que ninguém mais acredita.

Em um cenário onde o marketing de influência está cada vez mais centrado na humanização, as marcas que ainda insistem em esconder suas falhas, seus processos e até os desafios que enfrentam, estão perdendo a chance de se conectar de verdade com o consumidor.

Talvez a maior dica que eu possa te dar é essa: faça a sua comunicação soar como uma conversa de verdade. Chega de tentar agradar todo mundo com um discurso polido e distante. A autenticidade está aí, ao alcance da sua marca, só esperando para ser explorada.

Eu sei que o pensamento de “mostrar os bastidores” pode parecer arriscado, mas a verdade é que não mostrar é que é o grande risco. Hoje, mais do que nunca, o público está buscando marcas que falem a sua língua, que mostrem que também enfrentam desafios e que têm valores sólidos por trás de suas mensagens.

Seja para você, seja para a sua empresa. Conecte-se com o seu cliente, de verdade.

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